Ancestral
Na bruma que se eleva diante de mim
Distingo as formas do que já fui
Do que já fomos, o que vivemos.
Como uma passagem de memória
Palavras lidas de um livro ancestral
Fomo-nos recriando no pó das estrelas
Agregámos carne à magia que nos envolvia a alma
E como numa dança , em transe nos entregámos
Àquilo que viria a ser a nossa forma humana
Fomos compostos , moldados, rotulados
Hoje somos , respiramos, caminhamos
Somos frágeis complexos de um despertar condicionado
Somos o criar de sonhos e o acordar em seguida
Trazes nos lábios o sabor das lágrimas
As mesmas que te rolaram a face e ensoparam a almofada
Eu trago na algibeira o remorso e a dúvida
Fotografias comprometedoras de uma culpa que não é minha
Somos demasiado pequenos para um sentimento tão nobre
Não somos dignos de recordar o que fomos
E tornarmo-nos nesta margem de "quase-sentimento"
Podia ser perfeito, podia ter sido perfeito
Distingo as formas do que já fui
Do que já fomos, o que vivemos.
Como uma passagem de memória
Palavras lidas de um livro ancestral
Fomo-nos recriando no pó das estrelas
Agregámos carne à magia que nos envolvia a alma
E como numa dança , em transe nos entregámos
Àquilo que viria a ser a nossa forma humana
Fomos compostos , moldados, rotulados
Hoje somos , respiramos, caminhamos
Somos frágeis complexos de um despertar condicionado
Somos o criar de sonhos e o acordar em seguida
Trazes nos lábios o sabor das lágrimas
As mesmas que te rolaram a face e ensoparam a almofada
Eu trago na algibeira o remorso e a dúvida
Fotografias comprometedoras de uma culpa que não é minha
Somos demasiado pequenos para um sentimento tão nobre
Não somos dignos de recordar o que fomos
E tornarmo-nos nesta margem de "quase-sentimento"
Podia ser perfeito, podia ter sido perfeito