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Autor Desconhecido
A vida passa ao lado
Indiferente
Como se tivesse um legado
Diferente do meu
Distante e passiva
Olha-me com desdém
É uma desconhecida
Nesta terra de ninguém
Ninguém a vê passar
Mas todos lhe seguem os passos
Tristes compassos
Sem pressa de chegar
Controlam nas suas mãos
Ou julgam controlar
As rédeas da vida
Que os está a guiar
Têm vagar
São muitos, sem pressa
Sem destino.
São muitos sem ideias
Sem tino.
Seguem os passos
Cronometrados
São seres sem razão
Sem impulsos
Arrastados
Marionetas sem fios
Copiam-se
Fotocópias do que já foram
Mas agora baços,
Vazios
Prosseguem com ela
A mestra dos desafios
A Vida indiferente
Bomba cronológica
Sem pavio...