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Nome: Dementia

Idade: Uma alma velha para o Sol

Aprecio: Musica Literatura Escrita Lua Mar Excentricidade Senilidade Embriaguez

Dispenso: Emaranhados de Pessoas Sufocantes Cinismo Hipocrisia e Afins Estereotipos Tudo o que seja propositado para me enervar

Sou:Louca Histérica Calma Paciente Paradoxo de mim mesma nos enleios caóticos de mim Teimosa Destrutiva Sonhadora Alucinada Desagregada do presente

Devaneios



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Histórias de Mim







Podia perder-me na engrenagem disto que é o meu cérebro. Máquina relutante em mudar seja o que for. Máquina constantemente acomodada ao parar de tudo o que me podia tornar sériamente mais do que aquilo que sou.
Tento conceber-me mais forte, tento conceber-me em projecções de mim que nunca se irão concretizar. Acabo só, com o olhar distante, frente ao espelho, tecendo fantasias em meus olhos que nunca terei coragem de realizar. Sou um fracasso para as minhas expectativas. Sinto-me uma traidora à confiança da própria mãe que sou eu, de mim. Como se algures no tempo, tivesse sido encarregada de me criar, à margem da realidade, à margem do que outros considerem conveniente. Talvez me tenha criado demasiado correcta, ou talvez não. Facto é que tenho em mim sonhos, fantasias e uma urgência de viver que condeno a cada pensamento, que refreio a cada simples expiração de oxigénio do meu ser. Não me fiz assim!
Tornaram-me assim. E a eles condeno por me terem feito deste modo, dormente, receosa, demasiado cautelosa, em relação a mim, em relação a mim com os outros.
Lembro-me das aspirações que tinha em tempos, lembro-me de perseguir sonhos , agarrá-los e torná-los reais neste plano de existência. Lembro-me de sorrir com vontade, lembro-me de fingir sorrisos também, lembro-me de acreditar nos sorrisos que eu mesma fingia. Lembro-me de voar sem ter medo de cair. Não me tornei Ìcaro, sou antes a vergonha de sonhar em sê-lo. Sou o medo de falhar e perder o bom que já me custou tanto a construir. Estou fraca, estou cansada, estou sem sonhos e a vida que por mim passa arrasta-se lenta e pesarosamente, gozona daquilo que fui, e no que me tornei. Tem razão em gozar, eu própria me gozo no espelho da minha alma. Eu própria ridicularizo aquilo que vejo no meu reflexo. Tenho vergonha do que me tornei. Tenho vergonha de ter medo de sonhar ...