AVISO: Este script encontra-se no modo Unicode. Para que melhor possam visualizar os escritos, nomeadamente os que possuem acentuaçao peço que na barra de menu do vosso Internet Explorer seleccionem "Ver" em seguida em codificaçao alterem para Unicode(UTF-8).

Nome: Dementia

Idade: Uma alma velha para o Sol

Aprecio: Musica Literatura Escrita Lua Mar Excentricidade Senilidade Embriaguez

Dispenso: Emaranhados de Pessoas Sufocantes Cinismo Hipocrisia e Afins Estereotipos Tudo o que seja propositado para me enervar

Sou:Louca Histérica Calma Paciente Paradoxo de mim mesma nos enleios caóticos de mim Teimosa Destrutiva Sonhadora Alucinada Desagregada do presente

Devaneios

Solidão



Abraça-me uma solidão rara, uma solidão que à semelhança de uma sombra me persegue sem se deixar agarrar. É linear de fel o gosto que lhe tomo. Abraça-me contínuamente no vão desejo de me estancar as feridas.
Calculo um abismo de negrume para dar o meu derradeiro salto. Fugir à viúva alegre do meu desconsolo, essa solidão sorrateira que se ergue rochedo sobre a minha alma prostrada. Lanço-me no vazio. No infinito procuro largar as asas moles que me pendem do dorso espinal. Nada ecoa deste acto, estou mais uma vez entregue à minha essencia visceral.
No fundo do vazio deparo-me com a imagem repetida, latente no meu cérebro ainda vivo. Lembro-me de mim no espelho que mirei. Na última hora do último dia, estava só. Tirando a mão ossuda encaixada no meu ombro... Essa solidão amiga que nunca me abandonou.

"Every living creature on earth dies alone"