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Nome: Dementia

Idade: Uma alma velha para o Sol

Aprecio: Musica Literatura Escrita Lua Mar Excentricidade Senilidade Embriaguez

Dispenso: Emaranhados de Pessoas Sufocantes Cinismo Hipocrisia e Afins Estereotipos Tudo o que seja propositado para me enervar

Sou:Louca Histérica Calma Paciente Paradoxo de mim mesma nos enleios caóticos de mim Teimosa Destrutiva Sonhadora Alucinada Desagregada do presente

Devaneios

Efemeridade



Sou papel que esvoaça ao sabor do vento.
Coisa leve que se move, pela força do outro elemento.
Tonta das voltas, dos empurrões, recaio no chão .
E de repente , no instante mudo que se segue, não há quem me levante.
Não há vento que me propulsione.
Não há brisa que me deite ao sonolento abandono do meu voo.
Voltei a ser coisa.
Objecto.
Voltei a não voar, não ter uso, não ter lar.
Voltei a ser o que sempre fui, objecto inanimado.
Imóvel na berma de uma estrada banal largado.
Tendo em mim apenas a memória do tempo em que o vento me soprava alto.
Até ao linear de azul no céu rasgado.
Memória do tempo em que ao invés de coisa, era ser.
Era-o livremente, no sopro fiel do elemento.

Não ser



Irá o braço do Sol tão longe
Quanto a vista alcança
Neste ápice de sonhos
Renasce a lembrança
Luminusidade crescente
Num esplendor intemporal
Nada mais calmo neste síndrome banal
Acordo e tudo é baço
Levanto-me e tudo é triste
Caminho e tudo cansa
Respiro e sinto arder um calor fenomenal
Pensei estar morta
Pensei ter morrido
Antes preferia.
Ao acordar quero adormecer
Faria tudo para mais não ver
Não sentir
Não experienciar
Não exprimir
Não magoar.