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Nome: Dementia

Idade: Uma alma velha para o Sol

Aprecio: Musica Literatura Escrita Lua Mar Excentricidade Senilidade Embriaguez

Dispenso: Emaranhados de Pessoas Sufocantes Cinismo Hipocrisia e Afins Estereotipos Tudo o que seja propositado para me enervar

Sou:Louca Histérica Calma Paciente Paradoxo de mim mesma nos enleios caóticos de mim Teimosa Destrutiva Sonhadora Alucinada Desagregada do presente

Devaneios

O que somos

São as marés inconstantes que banham a areia
São elas que transportam o feixe de renovação
É na terra dos Homens que a existência incontornável
Se torna banalmente num novo rol de questões
E que sabemos nós de tudo o que nos rodeia?
O que sabemos nós sobre esta vida que ondeia?
Que conhecemos desta estranha solitária,
Esta vagabunda rota e descalça que pelas estradas da amargura vagueia
O que sabemos ou conhecemos em concreto ?
Nada parece real sendo tudo um vasto incerto
Que nem o girar permanente da terra em torno de um sol,
Nem isso satisfaz o desejo ambicioso de num movimento voraz
Deglutir e devorar inteiro todo o universo.
Queremos mais, sempre mais.
Saber e conhecer tudo. Tudo!
Mas nunca chegamos nem chegaremos a saber
De onde provém essa ânsia , essa necessidade, esse dever.
Tudo o que somos há-de ser sempre uma incógnita,
Pensamento, raciocínio, sentimento , acção inapta ou alma
Não será tudo o mesmo?Não provirá tudo da mesma fonte?
Porquê então catalogar e rotular como se de um novo produto em mercado se tratasse?
Somos todos carne, vísceras e ossos
Todos respiramos, comemos, cagamos e fodemos
Todos temos nomes , pensamentos, sentimentos
Alguém que se lembre de nós pelo menos
Quanto muito na hora da morte inevitável
É preciso então descobrir primeiro todos os segredos de um vasto universo
Para se compreender a essência básica da nossa ínfima existência ?

Hurt

i hurt myself today
to see if i still feel
i focus on the pain
the only thing that's real
the needle tears a hole
the old familiar sting
try to kill it all away
but i remember everything

what have i become?
my sweetest friend
everyone i know goes away in the end
you could have it all my empire of dirt
i will let you down
i will make you hurt

i wear this crown of shit
upon my liar's chair
full of broken thoughts
i cannot repair
beneath the stain of time
the feeling disappears
you are someone else
i am still right here

what have i become?
my sweetest friend
everyone i know goes away in the end
you could have it all my empire of dirt
i will let you down
i will make you hurt

if i could start again
a million miles away
i would keep myself
i would find a way

Nine inch nails - Hurt

É incrivel como todos os meus erros se podem resumir a uma única musica, musica esta que já me assombra desde há já alguns anos. Já me fez sentir que estava perdida (hoje vejo que estava mesmo) e já me fez sentir única com o egoísmo da própria merda em que me enterrava. E já me recusei a ouvi-la também, da vergonha de me reconhecer, ou do medo de voltar ao mesmo na minha auto-comiseração constante e fantasma de mim. Porque há coisas que o tempo não faz esquecer, porque há fantasmas e dores e agruras que nos assombram o resto da vida e porque há erros com os quais aprendemos e que também deixam consequencias. Porque há marcas que não saem com o bronze do sol, como há uma sujidade que não sai com àgua. Porque há dores e feridas que voltam a abrir, e vícios que voltam a assombrar sempre que nos sentimos tristes. Eu já me cansei de fugir dos fantasmas do passado, e estou deveras farta de me sentir sempre tentada a voltar ao mesmo quando algo corre mal. Como também estou farta de ser julgada por outros que nunca passaram pelo mesmo. Eu sei o que é certo ou errado para mim, e se erro é sempre com a dormente consciencia daquilo que faço. Afinal, todos temos em nós o livre arbítrio certo? Então alguém me explique porque nos magoamos a nós e aos outros repetidamente? Porque fazemos coisas aos nosso familiares que tememos até pensar, porque magoamos as pessoas que dizemos amar? E acima de tudo, porque acabamos por perdoar sempre quem NÃO merece ??? Continuo perdida... E sim quase 14 anos depois, ainda me dói!.... I will keep myself I will find a way
" I know not what they mean, tears from the depths of some divine despair, raise from the heart and gather in the eyes, looking on to the happy autumn fields and thinking of the days that are no more"

I found these words on a CD cover a few years ago. They belong to an English author whose name I can't recall. Delightfully beautiful words aren't they ?

Hoje acordei com a alma dormente



Num espasmo de dor encerro a vergonha
Os outros, que sabem eles do que dói ou magoa
Arrastam-se, consolando-se numa fachada
Como personagens de uma peça mal encenada

Concentro-me naquilo que sou
Pondo de parte conceitos alheios
Concebo uma forma de estar
Nunca fiel a mim, apesar dos meus anseios

Nunca sou como me pintam
Nunca sou como os outros me desejam
Nunca sou o que quer que seja
Sou sempre o oposto de mim
O oposto da vida que em mim bafeja

As escolhas? Escolho viver
Bem ou mal é o que ainda me impele a escrever
Porque respiro, existo e sou
Controversa ou não, aqui me dito
AQUI ESTOU!

Trying too damn hard


Autor Desconhecido


Found a way to scream
Found a way to lose
Found a way to be anyone else
But the one they chose

I bleed and I cry
I dream as I used to fly
Lost my comfort on being glad
Learnt how to cry alone in my bed
Began to feel insane
Lost all control on one demand

I seemed to know better
I seemed to realise what to do
I thought I knew how to live
I learnt only how to survive the doom

No more, I don't mean to cry again
Hold the tears , lock them deep inside
Can't seem to find a way
Can't seem to leave it all behind

Trying once again...
Trying to make amends
Trying to endure stuff I'll never forgive

Erase the sadness
Control the pain
Hold on to smiles
Fake them, don't complain
Control, Hold on , Pretend, Lie
Exist without living
Survive without feeling

It's better this way!

Mecanizada

Ergue-se a rotineira vida todos os dias
O mesmo sol, as mesmas ruas, as mesmas pessoas
Noite Dia Noite Dia
O arrastar mecânico dos membros
Difunde-se na banalidade do meu existir
Controlo, contenção, bom senso
Esmorecem à medida que as horas se difundem pelo dia, pela noite
Unicamente sei que respiro pela preguiça diluída em mim
A tentativa de ser para além da máquina em que me tornei
A crueldade fria e brusca que cuspo nas palavras que digo
O remorso que me invade em seguida
A humanidade que me trava a mente, os pensamentos
São meramente efeitos daquilo em que me tornei
Ser mecanizado no qual os sentimentos são meros fragmentos
Daquilo que fui, um dia
Não me reconheço, não sei quem sou
Rememoro quem fui e tenho saudades
Saudades de mim, saudades do que vivi

...


Autor Desconhecido

Os alicerces da alma começam a ceder
Destroem-se por dentro no medo de perder
Sentidos ausentes no próprio olhar
Licença para sorrir, sem o demonstrar

Movimentos sublimes que se enlaçam no tempo
Secam as lágrimas com um sagrado unguento
Em leito de mágoa, amargura sou e me deito
Para esquecer a vida, o sonho , o feito

Sete longos braços vêm para me despertar
Deste sono atormentado de quem não sabe esperar
Fico expectante de os ver partir
Pois meu corpo é agora veneno de sentir

Algo concebido em 2002

Filtrando

Hoje sóbria filtro as passagens do tempo do ano transacto na minha mente. Filtro os sorrisos e as lágrimas, filtro as conversas e os degredos que me dediquei em momentos de maior necessidade. filtrar ...
Há muito que não concebia um rememorar tão profundo de tudo o que sou, fiz e compartilhei. Revejo-me nas mais diversas situações, a cometer inúmeras vezes os erros dos quais era suposto ter aprendido uma lição. Sou uma péssima formanda, está visto.Revejo também toda a alegria, todo o amor, tudo de bom e penso mais uma vez: afinal não foi assim tão mau!
Foi bom, todo o ano transacto, foi muito bom para mim. Cresci imenso, aprendi imenso, mas melhor que tudo isso, é saber que fiz parte da vida de outras pessoas. É saber que , bem ou mal, tudo o que aconteceu teve um propósito, embora muitos sejam ou não capazes de o compreender. Não foi em vão. Foi um ano cheio o que passou. Cheio de tantas memórias que o trailer na minha cabeça está difícil de acabar. E tudo muda, continuando na mesma. É bom mudar um pouco, mas manter as raízes. É bom crescer, mas não nos tornar-mos demasiado grandes para caber-mos no mundo dos outros. É bom viver, apesar dos contras , apesar das dificuldades. É bom chegar ao fim do ano e poder dizer, Porra! Valeu a pena! e chorar de seguida tudo aquilo que estava entalado nas entranhas do espírito, e gargalhar ao mesmo tempo todo o gozo infantil que nos reprimimos tantas vezes.
Este ano tenho em mim a gana de me transcender, mais um pouco. Tirar do baú velhas fantasias do meu subconsciente , passa-las a ferros pelas barreiras de censura e usá-las irreverentemente pelas ruas e avenidas do meu ser.
A fantasia de Ícaro será a primeira, mas em vez de cera terei asas de sonho, além do Sol o meu destino será o infinito ...

2005

começou 2005

estou bebeda LOL é só pra deixar nota disto mesmo....
agr vou bazar que ainda ha mto pra beber nem que seja em casa de uns putos vizinhos da Fideal
LOLOL